A franquia Pânico sempre surpreende ao trazer um novo rosto por trás da icônica máscara de Ghostface. No sexto capítulo da saga, o mistério se mantém até os momentos finais, mas a revelação promete chocar os fãs e manter o suspense característico da série.
Criada por Kevin Williamson e dirigida originalmente por Wes Craven, Pânico se consolidou como uma das franquias mais influentes e bem-sucedidas do terror contemporâneo. O vilão Ghostface tornou-se um símbolo do gênero slasher, aparecendo com sua faca afiada e sua máscara assustadora para executar crimes violentos e engenhosos. Em Pânico 6, o assassino retorna com ainda mais sede de sangue — e com um novo cenário: a cidade de Nova York.
Após sobreviverem ao massacre de Pânico 5, Sam Carpenter (interpretada por Melissa Barrera), sua irmã Tara (vivida por Jenna Ortega, conhecida por seu papel na série “Wandinha”), Chad (Mason Gooding) e Mindy (Jasmin Savoy Brown) decidem abandonar Woodsboro e tentar uma vida nova na metrópole. No entanto, o passado os alcança rapidamente. Logo, um novo Ghostface começa a persegui-los, deixando um rastro de violência e medo pelas ruas de Manhattan.
A grande pergunta, como sempre, é: quem está por trás da máscara?
Diferente dos filmes anteriores, Pânico 6 surpreende ao revelar que não há apenas um, mas três assassinos assumindo a identidade de Ghostface. São eles: o detetive Wayne Bailey, sua filha Quinn e seu filho Ethan — que, até então, faziam parte do círculo social de Tara na universidade. Essa revelação muda completamente o rumo da história e dá um novo peso emocional ao enredo.
A motivação? Vingança familiar. Richie Kirsch, o assassino de Pânico 5 e ex-namorado de Sam Carpenter, era filho do detetive Bailey e irmão de Quinn e Ethan. Após sua morte pelas mãos de Sam no final do quinto filme, os Bailey decidem se vingar. A obsessão de Richie por Ghostface e pelos filmes fictícios “A Facada” foi herdada e alimentada por sua família, que decide dar continuidade à sua missão.
A trama também se destaca por aprofundar a psicologia dos personagens e pelo uso de metalinguagem, uma marca registrada da franquia. Os vilões fazem referência direta aos filmes anteriores e às regras do gênero slasher, mantendo o tom irônico e autoconsciente que conquistou os fãs desde o primeiro Pânico, lançado em 1996.
Mesmo com o aumento de violência e a multiplicação dos assassinos, Pânico 6 se mantém fiel às raízes da série, equilibrando tensão, humor ácido e reviravoltas inesperadas. O trio de vilões se encaixa perfeitamente na proposta do filme, oferecendo uma justificativa plausível e emocional para os assassinatos, ao mesmo tempo em que surpreende o público com a escala da conspiração.
Assim, a identidade do Ghostface em Pânico 6 revela não apenas novos assassinos, mas também uma continuação direta da história anterior, com laços familiares e sede de vingança servindo como combustível para o caos. A franquia mostra mais uma vez que sabe se reinventar sem perder a essência — e que o medo de atender ao telefone ainda tem muito a oferecer.